Evangélicos são os que mais casam, enquanto união estável ultrapassa casamento no Brasil
- Segunda-Feira, 10 Novembro 2025
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Enquanto o número de uniões estáveis ultrapassa o número de casamentos no Brasil, os evangélicos são os que mais se casam.De acordo com dados do Censo 2022, divulgados pelo IBGE na semana passada, a taxa de casamentos tradicionais (civil e religioso) entre os brasileiros nunca foi tão baixa.Em 2000, o percentual de casamentos era de 49,4%. Em 2022, diminuiu para 37,9%. No Censo de 1970, eram 64,5%.Hoje, o maior percentual pertence às uniões consensuais (que podem ser registradas em cartório ou não), com 38,9%.Casamentos apenas no civil representam 20,5% e casamentos com cerimônias religiosas são somente 2,6% no país.O número de casais que moram juntos sem se casar ultrapassa o número de pessoas casadas formalmente. São 35,1 milhões de pessoas vivendo em união estável.Contrariando a tendência da maioria dos brasileiros, os evangélicos são os que mais se casam de forma tradicional.Segundo o IBGE, 40,9% dos evangélicos são casados no religioso e no civil, representando o maior percentual entre todos os grupos religiosos.Os evangélicos também lideram os casamentos somente no civil, com 20,1%. Em relação a morar junto sem se casar, a comunidade evangélica é a menos adepta do modelo (28,7%).Idade média para casamentoEntre a população brasileira, 51,3% das pessoas viviam em uma união conjugal em 2022, revelando um pequeno aumento em relação a 2010 (50,1%).A maior parte dos que vivem em uma união conjugal estava na faixa etária de 40 a 49 anos entre os homens e 30 a 39 anos entre as mulheres.A idade média em que os brasileiros estão se unindo aumentou para 25 anos – sendo 26,3 anos para os homens e 23,6 para as mulheres.O estado com mais casamentos tradicionais é Minas Gerais. Mais da metade da população mineira (51,3%) estava casada, no religioso e no civil, em 2022.Relação com a renda domésticaO Censo 2022 ainda descobriu uma relação entre renda domiciliar e o modelo de união adotado. A maioria dos casais que possuíam renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo optaram por morar juntos sem casar (52,1%). Nessa faixa de renda, apenas 24,2% realizaram o casamento civil e religioso.Entre aqueles com até um salário mínimo de renda domiciliar, 40,1% estavam em uniões estáveis e 35,8% casados.Nas faixas de renda seguintes, a tendência se inverte: quanto maior a renda, maior o número de casamentos tradicionais. Por exemplo, entre as pessoas que ganham mais de cinco salários mínimos, 54,3% decidiram pelo casamento formal.









